A criança sempre nos surpreende de alguma forma ... Semana passada um aluno, com 5 anos, me questionou quando fomos para o pátio:
Eu quero brincar !!! Não quero fazer brincadeira !!!
Anteriormente, havia explicado que primeiro faríamos uma brincadeira todos juntos, referindo-se a brincadeira dirigida, e depois poderiam brincar livremente. Para este aluno, haviam dois conceitos claros:
Brincar: atividade espontânea
Brincadeira: atividade dirigida
Mesmo que nossa intenção pedagógica seja recheada de bons objetivos, o brincar livremente é muito importante para a criança, e este momento não pode faltar na rotina o aluno da educação infantil.
Brincando livremente, sem perceber, as crianças revelam como são tratadas em casa. Quando brincam de casinha, ou mamãe e papai,ocupam o papel de adulto e repetem falas e atitudes de seus pais.
Quando brinca, a criança aprende e tem a oportunidade de vivenciar diferentes papéis do mundo adulto, experimentando situações diferentes, são capazes de reproduzir gestos e falas mais comuns dos seus pais, ou adultos com que convivem. Por isso é importante o olhar e interferência do professor quando as crianças não conseguem resolver algum conflito, ou quando a brincadeira gera desconforto e discriminação para alguma criança.