19 de nov. de 2007

Brincar é coisa séria...

A brincadeira...


... é uma ação característica da infância e constitui-se numa atividade livre, fictícia e incerta, através da qual a criança busca compreender o mundo. Brincar é uma experiência bastante complexa e variável para ser definida com exatidão. É algo espontâneo, criativo, dinâmico, expressivo.

De acordo com a professora Tania Ramos Fortuna...


“Brincamos/jogamos para dominar angústias e controlar impulsos, assimilando emoções e sensações, para tirar as provas do EU, estabelecer contatos sociais, compreender o meio, satisfazer desejos, desenvolver habilidades, conhecimentos e criatividade”.

Por que uma experiência marcada pela ludicidade pode ser muito significativa para o sujeito que brinca?

A brincadeira e a ludicidade, de acordo com a Tânia, nos conecta conosco, e com o mundo, parece pintar com tom de importância tudo que nos cerca! Durante a brincadeira, a criança cria laços afetivos muito fortes com seus parceiros.
Sabe-se que brincar não é apenas uma preparação para o mundo adulto. Quando a criança brinca, ela não está preocupada com o futuro, ela representa vários papéis dos quais tem curiosidade, interesse e desejos de experimentar naquele momento. Para a criança, o seu brincar é o seu trabalho.


Brincando a criança afirma o seu “eu”. O brincar, como toda e qualquer atividade que se dá através da relação com o outro, contribui para a formação da identidade. Esta pode ser formada a partir de escolhas pessoais ou imposta pelos outros.

Também sou professora de Educação Física...

Portanto, já tenho como prática envolver a ludicidade no meu planejamento diário. Valorizo o brincar livremente, a recreação dirigida, o jogo pelo jogo, o jogo com intenção pedagógica, ... Acredito no poder que a brincadeira tem de desenvolvimento a criança em seus diferentes aspectos.
A entrevista me fez refletir muito sobre o lúdico e o adulto. Também brincamos! Me divirto muito dando aula, porque tenho o privilégio de fazer coisas que gosto.
Trabalho com Educação Física na EJA. Geralmente abordo temas relacionados a qualidade de vida, saúde, corpo, e realizo atividades práticas. Essa semana trabalhei com uma turma de 11 mulheres, média de idade de 55 anos, usei apenas bambolês na aula. Assim como as crianças, antes de propor atividades, gosto que manuseiem o instrumento. Muito divertido ver aquelas senhoras brincando literalmente com os bambolês, ora sozinhas, ora em grupo. Não precisei "coordenar" a aula, nem propor as minhas atividades previstas. Elas mesmas organizaram suas atividades, e percebia em seus rostos o quanto se divertiam, a pesar de suas dificuldades!
Fiquei muito realizada em vê-las brincando daquela maneira, numa proposta tão simples! Às vezes, ficava meio receosa em propor algumas atividades, especialmente a este grupo, devido a idade que apresentam, e também por serem mais resistentes às atividades lúdicas. Pois no início do meu trabalho com elas, se negavam a participar e diziam que vinham na escola só para aprender, e não ficar pulando pra todo lado! Cada aula, é uma conquista! E essa última, prêmio máximo!

Foi muito divertido!

Em 2004...
...participei do Curso de Brinquedista, promovido pelo Projeto de Extensão "Quem Quer Brincar", coordenado pela professora Tânia. E visitando o site deste projeto, encontrei algumas imagens (e copiei!) ainda da edição deste ano. Foi muito bom rever as fotos, aproveitei também para reler as anotações desse curso.



Portfólio de Aprendizagens

O Portfólio de Aprendizagens documenta o seu percurso pessoal de aprendizagens durante o Eixo e o Curso. É com base nesses registros que você construirá as reflexões-sínteses e a apresentação oral para o Workshop de Avaliação. O registro sistemático qualifica, facilita e agiliza o trabalho de auto-avaliação e avaliação das aprendizagens.

As postagens favorecem a avaliação e para isso acontecer elas devem ser densas em conteúdo e análise. Lembrem que as postagens serão importantes se elas contemplarem argumentação forte e evidências concretas, buscadas na vida profissional, pessoal ou estudantil.


(Equipe do Seminário Integrador.)