27 de set. de 2008

Política de Cotas

As diferentes opiniões sobre o Sistema de Cotas nos ajudam a refletir sobre o assunto:

É evidente que a discussão da política de cotas, perpassa pela discussão de racismo. E não se pode formular uma opinião sobre o assunto baseado apenas em discriminação, mas deve-se considerar a situação que os negros viveram antes da abolição, e as condições que viveram após esse período. A nossa sociedade de hoje é reflexo dessa situação. Talvez o sistema de cotas, embora contraditório hoje, nos apresente, futuramente, uma sociedade mais igualitária e justa.

Quem sabe?!

24 de set. de 2008

Sistema de Cotas

Tenho lido muito sobre esse assunto a fim de formar minha opinião a respeito da validade desse sistema.
Já me inscrevi em dois concursos públicos optando pela reserva de vagas para afro descedentes. Na ocasião, optei, pensando nas maiores chances que teria.
Ao ser chamada no município de Porto Alegre, participei de uma reunião com mais professores cotistas e representantes da prefeitura, para discutir a posição do negro no nosso país, e a nossa função, como educadores, em problematizar estas questões em sala de aula.
Em São Leopoldo, no último concurso para o magistério municipal, também optei pelas cotas. Ao ser chamada, enquanto fazia exames e apresentava documentos, o Tribunal de Contas determinou que todos concursados por esse sistema não assumissem. Como eu tinha ficado em 6º lugar na classificação geral, assinei um documento abdicando a opção das cotas para poder assumir. Outros colegas tiveram que entrar com liminar para poder assumir, pois alguns tinham até largado empregos quando foram chamados.

16 de set. de 2008

Tempo

"Todos os dias quando acordo,
Não tenho mais o tempo que passou...
Mas temos muito tempo...
Temos todo tempo do mundo"
(Tempo perdido/Renato Russo)

"Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
Ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente"
(Quase sem querer/Renato Russo)
A realização da tabela sobre o tempo previsto para o PEAD me ajudou muito a me organizar melhor para as atividades. É claro que este ano estou trabalhando 20 horas a menos que nos outros semestres. Mas no 1º semestre, mesmo com mais tempo livre, não o consegui administrar. Por enquanto tenho tentado entregar tudo dentro do prazo, e ainda consigo fazer as reflexões neste blog.
Espero seguir até o final do semestre assim!
No meu aniversário, em março, ganhei um livro de uma amiga muito especial. Além do presente, este livro serviu como um puxão de orelha:
Título: Não deixe para depois o que você pode fazer agora/ Dicas práticas para organizar seu tempo e se tornar mais produtivo
Autor: Rita Emmett
Na época li algumas páginas, apenas o que interessava...
mas agora reiniciei a leitura.
Muito interessante!!!

15 de set. de 2008

A difícil arte de ser adulto...


Quando tinha 10 anos, queria logo que chegasse os 15...
Quando fiz os 15, contava o tempo pra logo fazer 18...
Aos 18, tinha uma simpatia com o número 24....por isso queria que logo chegasse essa idade...
Aos vinte poucos,...pensava: por que o tempo passa tão depressa? Saudades da infância...
Mas...
o que se ganha sendo adulta?
Experiência, confiança, compromisso, maturidade, respeito, independência, saber dosar a razão e emoção... A liberdade de escolhas, o livre arbítrio, ....e claro, junto o brinde: a responsabilidade de "arcar" com as consequências. Não se dorme um dia, e se acorda "adulto" no outro.... O ser adulto se constrói a partir das relações, das responsabilidades que assumimos no decorrer da vida, e a partir das atitudes frente aos problemas que se apresentam. A leitura do texto de Maturana, solicitado pela interdisciplina Psicologia da Educação, nos faz refletir sobre a importância e as consequências dos nossos atos para a construção da nossa própria vida, e a interferência das emoções nessa relação.

Segundo Maturana, "a linguagem se fundamenta nas emoções e é a base para a convivência humana". Tentando relacionar com situações que presencio na escola, na posição de observador de outros adultos, me deparo com diversos atritos entre alunos e crianças, em que a emoção "fala" mais alto que a razão.

Por exemplo:
Professores que, ao exigir respeito do aluno, gritam: cala a boca!
Como exigir respeito nessa relação de convivência, em que não se consegue estabelecer um vínculo amigável, com um linguajar adequado.
Respeitar para ser respeitado. A criança reproduz o que vive.
Hoje em dia temos um outro tipo de aluno, que nem sempre tem medo de falar o que pensa.

Já conversei com alunos que ao relatar a situação de atrito com professor, relata:
"A professora também me desrespeitou,... quando gritou comigo, quando me xingou, quando me chamou de diabo, ...quando disse que eu não presto..."

E então,.. o que fazer?
Quem está certo, quem está errado?
Onde está a razão e a emoção do adulto?
Essa questão da convivência, da fala, da emoção...
Me fez pensar nas relações entre alunos e professores...
Me ajudem a pensar sobre o assunto...

13 de set. de 2008

Trabalho em grupo...

Apesar de termos iniciado o trabalho do Projeto de Aprendizagens em grupo, mas de forma virtual, msn e e mails,... Achamos melhor marcar um encontro presencial para organizar as idéias, após os comentários feitos no no nosso wiki da tutora e professora.

O curso caracteriza-se por atividades realizadas virtulamente, mas nada como o bom e velho bate-papo presencialmente. Foram 4 horas e meia de discussão, entre uma risada, e uma brincadeira. Além do momento de integração do grupo, que também é muito importante e faz parte das relações, conseguimos reformular nossa questão norteadora.

Antes, apenas discutíamos se o sistema de cotas discriminam. Percebemos que essa discussão perpassa pelo entendimento de discriminação que muitos grupos sofrem em nossa sociedade, e que tal situação perpassa por questões histórico sociais, específicas de cada grupo. Decidimos aprofundar a questão, discutindo agora:
Cotas para afro descendentes, discriminam?


Partindo desse novo ponto, reformulamos também o mapa conceitual

6 de set. de 2008

Sistema de Cotas

As cotas discriminam?

Essa é a questão norteadora do nosso grupo.
Para iniciar a discussão, tivemos que ter claro para o nosso grupo, o que significa discriminação:

É o ato de desconsiderar as diferenças do outro em prol dos seus valores próprios, desrespeitando a outra pessoa, send esta tratada de forma desigual e injusta.
Já listamos nossas certezas e dúvidas...
Fizemos o mapa conceitual...
Mas ainda tenho dúvidas de como seguirá este trabalho.


Até porquê trabalhar com projetos sempre gerou dúvidas:
A proposta do projeto deve partir dos alunos?
A professora pode propor um projeto?
E quando a professora propõe: é um projeto, ou um trabalho feito a partir de um tema gerador?

5 de set. de 2008

Avaliando minha prática

Este curso sempre nos possibilita uma reflexão sobre nossa prática.
O primeiro módulo da interdisciplina me proporcionou esse momento, como se percebe nas postagens anteriores.
Analisando estes primeiros nove meses de trabalho, e relacionando com a proposta de gestão democrática, fiquei pensando:
O que foi feito em prol da participação democrática?



Que momentos foram oportunizados a comunidade escolar para discussão de problemáticas da escola?
De que forma os pais são estimulados a virem a escola, sem terem que ouvir apenas reclamações dos filhos?
O que os professores, alunos, pais e funcionários entendem por participação democrática?
Há o desejo de participar?
Quem toma a maior parte das decisões?
Há democracia dentro da sala-de-aula? Dentro da escola?

3 de set. de 2008

Gestão democrática

Na última aula presencial cochichava com uma colega da escola, sobre Gestão Democrática.
Ela me questionou se na nossa escola havia esse tipo de gestão.
Custei a responder, porque parece que se a resposta for contrária "não pegaria mutio bem". A gente acaba afirmando viver numa gestão democrática, mas se formos analisar bem a fundo, percebemos que não. E isso não é culpa apenas da equipe diretiva, mas de toda uma cultura já incorporada por toda comunidade escolar.

Acredito que estamos num caminho, onde já há a abertura para a escolha das equipes diretivas, há reuniões onde decisões possam ser tomadas em grupo (mas ainda no grupo de professores), há a participação do CPM e Grêmio Estudantil.

Mas ainda é preciso que as decisões tomadas, mesmo que ainda no grupo de professores, partam da necessidade do todo, e não apenas da visão do próprio umbigo, como infelizmente acontece.

A gestão democrática caracteriza-se pelas relações democráticas dentro da escola, onde a participação de todos, pais, alunos, professores e funcionários deve ser oportunizada, sem condicionar a hierarquia, ou grau de importância. Por isso que o acesso da comunidade escolar às decisões na gestão da escola é fundamental. Quando a participação é de todos, as decisões tomadas favorecem a todos, partindo da real necessidade, ou seja, não há disparidade entre as decisões e a realidade social da escola.

Esse processo, embora tenha iniciado em 1980 a partir de todo contexto histórico aberto a democracia, não é fácil de ser implantado e aceito pelos indivíduos. Durante muito tempo fomos acostumados a acatar ou tomar decisões, o exercício de discutir e compartilhar decisões dentro da escola ainda é uma experiência nova.

Portfólio de Aprendizagens

O Portfólio de Aprendizagens documenta o seu percurso pessoal de aprendizagens durante o Eixo e o Curso. É com base nesses registros que você construirá as reflexões-sínteses e a apresentação oral para o Workshop de Avaliação. O registro sistemático qualifica, facilita e agiliza o trabalho de auto-avaliação e avaliação das aprendizagens.

As postagens favorecem a avaliação e para isso acontecer elas devem ser densas em conteúdo e análise. Lembrem que as postagens serão importantes se elas contemplarem argumentação forte e evidências concretas, buscadas na vida profissional, pessoal ou estudantil.


(Equipe do Seminário Integrador.)