30 de abr. de 2008

Plano Individual de Estudos (parte 2)


“A Matemática do Cotidiano”


Justificativa
Minha experiência como professora de alfabetização comprova que há uma preocupação muito maior com o processo de aquisição da leitura, do que com a construção do número. Pelo menos é o que acontece onde trabalho, pois costumamos planejar coletivamente as atividades, e não me recordo de situações onde o tema da discussão fosse a matemática.

Ao estimular o aluno a construir palavras e produzir textos, é utilizado diverso recursos, e com a matemática não acontece assim. Os alunos nesta faixa de idade precisam do uso do material concreto, dos jogos, da ludicidade que os fazem pensar, realizar cálculos mentais, desenvolver o raciocínio lógico. Mesmo alunos com 6 ou 7 anos, já têm experiências e vivências com os números, é preciso valorizar, reconhecer e desenvolver este conhecimento que as crianças já trazem de casa.

Sabemos disso na teoria. Porque é tão difícil colocar em prática? Falta de planejamento, conhecimento? Por que chamam a matemática como o bicho de 7 cabeças, quando o aluno chega ás séries finais? Será que, nós professoras das séries iniciais, temos alguma parcela de culpa?

São muitos questionamentos, ainda sem respostas. Esse tema me intriga bastante. Também tenho um pouco de dificuldades de lidar com a matemática. Sabemos que nós professores, acabamos planejando também a partir de nossas experiências: se gostamos mais de uma disciplina, nos dedicamos mais. Se apresentamos certa dificuldade em outra disciplina, a deixamos de lado.

Proposta


Esse ano não sou professora titular. Por isso, me proponho, além de aplicar as atividades numa turma de 2º ano, compartilhar com minhas colegas este conhecimento, para que possam se sentir estimuladas a reavaliar sua prática, no que diz respeito ao valor dado a matemática no processo de alfabetização e letramento.



Ponto de Partida

Capítulo da Interdisciplina “A representação do Mundo pela Matemática”, que trata sobre os Números e Operações;
Estudo do Plano de Estudos e Plano de Trabalho das turmas do 2º ano;
Leitura e discussão do PCN/Matemática;
Pesquisa de textos que tratam de alfabetização e matemática;

Sites para pesquisa

http://alfabetizacaomatematica.weblogger.terra.com.br/index.htm
http://www.somatematica.com.br/
http://www.reniza.com/matematica/

29 de abr. de 2008

Construção do Plano de Estudos

Dia 23/04 recebi os comentários do meu trabalho!
Não está bom, segundo o professor, preciso planejar "coisas diferentes", o que eu escrevi faz parte da minha obrigação de aluna do PEAD!
Veja só!
Estou reescrevendo meu plano de estudos... Mas vou deixar postado essa primeira produção! Particularmente, eu gostei dela!

26 de abr. de 2008

Reflexão sobre a apresentação do Portfólio (semestre passado)


Sem antes ser solicitado essa atividade, já havia analisado a apresentação:






Recebi um comentário da Maxi, questionando quanto uma "fala", acho importante explicar melhor:


"Quanto ao post sobre a ATIVIDADE 01 solicitada pelo SI (da reflexão da apresentação do teu portfolio no semestre passado), gostaria de saber a que exatamente te referes quando mencionas uma necessidade maior de interação. Gostaria de saber mais também sobre essa experiencia para ti! Poderias refletir sobre isso em um novo post? "


BOM...


Quando penso que deva haver uma maior interação, me refiro a discussão em grupo, ... Nas últimas apresentações, sempre que alguma colega apresentava, comentávamos o trabalho no tempo determinado. Mas parece que esse tempo é sempre pouco, controlado.

Compreendo que a demanda é grande, e é necessário uma organização quanto ao tempo. Mas penso que pudesse ser organizado uma forma para que as alunas pudessem discutir, conversar, contar experiências,...

Era a isso que me referia!

21 de abr. de 2008

Plano Individual de Estudos









Desde que iniciou nosso curso apresento certa dificuldade em me organizar o tempo. Tenho o péssimo costume de deixar para depois o que poderia ter feito antes, com mais tempo e dedicação. Isso não acontece apenas quanto a entrega dos trabalhos, mas em outros setores da minha vida. Em outros momentos de reflexão da minha caminhada discente, tenho relatado essa minha dificuldade, e que nos últimos semestres tem melhorado bastante.

Numa aula presencial do ano passado, a tutora Denise Severo fez um comentário muito importante para mi: relacionando minhas produções e prazos de entrega. Desde então, envergonhada, ou estimulada por essa fala, tenho me comprometido ainda mais com o curso, com minhas aprendizagens, enfim, comigo mesma.

Ainda me sinto desafiada a melhorar ainda mais. Principalmente porque esse ano assumi a supervisão da escola que trabalho. E nesta nova função também vou precisar dar conta dos prazos, porque muitas outras pessoas também dependem de mim. Preciso estar sempre estudando para poder interferir, colaborar e construir novas estratégias com o grupo de professores, confrontando teoria e prática. Além de todas as funções da supervisão, acredito que é minha função estimular, incentivar, inovar, comprometer-se com o trabalho do grupo em prol de uma educação de qualidade.

Percebo que estou numa fase da minha profissional muito importante e delicada.

Em outro momento, escrevia no nosso primeiro blog, que queria muito que todas minhas colegas da escola fizessem parte deste curso, pela oportunidade de aprender, refletir e rever a prática. Parece que de alguma forma sou responsável por esse elo: trazer para a escola as discussões, os temas, e principalmente o entusiasmo.

Partindo disso, meu Plano Individual de Estudos terá como objetivo principal qualificar meu trabalho como coordenadora pedagógica, a fim de vencer os desafios do trabalho coletivo.

As estratégias para a conquista dos meus objetivos:

***Aprimoramento dos trabalhos entregues, me comprometendo com os prazos. Mas necessito que seja avaliado criteriosamente, não apenas considerando se realizei ou não o que foi solicitado, mas analisado de forma que a produção seja mais elaborada, melhor.

***Planejamento, organização do tempo;

***Trazer para o grupo de professores da minha escola algumas das discussões das interdisciplinas;

***Busca de informação de leituras, cursos, sites, oficinas com professores, tutores e colegas sobre coordenação pedagógica, e demais assuntos relacionados à educação.

Estas propostas de trabalho se iniciam ainda este mês, e vão até o final do ano.

Para avaliação no decorrer deste período, será considerado as postagens no Portfólio de Aprendizagens (evidências).

19 de abr. de 2008

Na aula presencial, quando a professora lançou a proposta de desenhar, não percebi o sentido, e confesso que logo pensei: "Que perda de tempo!". Sem compreender a proposta fica complicado. No dia achei bastante interessante, mas foi depois das leituras que pude compreender melhor.
Realizei a atividade com minha família.
Além de ser divertido vê-los desenhando, foi interessante perceber a satisfação deles em poder colaborar com meus estudos.
Os desenhos representados não diferem de muitos que nossos alunos poderiam fazer, e as semelhanças e dificuldades entre eles são bem parecidas com as que surgiram entre nossos desenhos, alunas do curso. O coração, a árvore, o pé e o planeta tiveram representações quase idênticas. O átomo (alguns não sabiam o que significava), o micróbio e a energia receberam representações muito distintas. Na análise dos desenhos prontos, questionei sobre as dificuldades e facilidades de representação. Em geral, argumentavam o fato de nunca terem ouvido falar, ou visto algumas imagens, por isso era difícil representar.



O grupo que propus a atividade não tem mais acesso a escola, ou livros didáticos, dificilmente lê revista que contenham estes assuntos, não tem acesso a Internet. A fonte de informação é a televisão, jornal, e outdoors, cartazes, propagandas nas ruas. Longe da escola, mas dentro de uma cultura fortemente construída pela mídia.
De acordo com Marisse basso Amaral,
“a formação de nossas identidades, bem como os processos de relações que estabelecemos com o mundo social e natural, se dão, cada vez mais, para além dos muros escolares. Tal constatação remete para a importância de se promoverem discussões sobre estratégias , ou talvez, sobre uma pedagogia que possa lidar de outra forma com as novas perspectivas e as novas tecnologias multimídias de aquisição de saberes sobre o mundo.”
Mais uma vez podemos constatar que a escola é apenas um dos espaços que se produz e constroem aprendizagens. As relações estabelecidas longe do espaço escolar não são mais importantes quanto as que se estabelecem no cotidiano. As aprendizagens no campo das ciências se dão em toda parte, com ou sem intenções subjetivas.

1 de abr. de 2008

Experiência...

Ontem, meu aníversário...
E hoje completo 12 anos de profissão...
E na mesma escola!!!

Parece que foi ontem que chegava na escola às duas da tarde, embaixo de um sol fortíssimo, cansada de tanto dar voltas no ônibus da Central e caminhar procurando a escola...

E além disso, depois de conversar com a direção, fui levada direto para a sala de aula para assumir a turma,... assim,... sem nenhum planejamento!!!

Agora, imaginem como era a turma para ser entregue a professora titular desta forma!!!
Uma primeira série, com alunos multi repetentes, idade avançada, muitos problemas de indisciplina e aprendizagem...

Agora quando eu lembro, dá vontade de rir... Mas há 12 anos atrás chorava,...e muito!!!
Pensava até que não era capaz de exercer o magistério!!!

Veja só!!!
No começo foi bem difícil...

Mas depois a gente vai aprendendo com os erros, acertos, conselhos, leituras, dicas, palestras, com os colegas, com os alunos...
A gente não pára de aprender,...
essa é a verdade!!!
O importante é estar disposto, aberto às novas aprendizagens...
Independente da idade que se tem, e da experiência já adquirida!
E sobre isso este curso muito nos ensina:
sempre é tempo de aprender, e o que já sabemos nos ajuda a construir outros saberes!

Portfólio de Aprendizagens

O Portfólio de Aprendizagens documenta o seu percurso pessoal de aprendizagens durante o Eixo e o Curso. É com base nesses registros que você construirá as reflexões-sínteses e a apresentação oral para o Workshop de Avaliação. O registro sistemático qualifica, facilita e agiliza o trabalho de auto-avaliação e avaliação das aprendizagens.

As postagens favorecem a avaliação e para isso acontecer elas devem ser densas em conteúdo e análise. Lembrem que as postagens serão importantes se elas contemplarem argumentação forte e evidências concretas, buscadas na vida profissional, pessoal ou estudantil.


(Equipe do Seminário Integrador.)